quinta-feira, 29 de maio de 2008

Que rumo para o país? Um desígnio nacional…


Depois de amanhã realizam-se as eleições internas no maior partido da oposição, mas elas só têm verdadeira expressão se significarem alguma coisa no rumo que o país deve seguir.
O diagnóstico está mais que feito e a débil situação económico-social tende a agudizar-se profundamente, como se comprova, nos últimos dias, com as notícias relativas à escalada do preço dos combustíveis e ao aumento do preço dos bens de 1ª necessidade.
O emprego diminui, a natalidade tarda em disparar, o poder de compra extingue-se, o consumo fica só para alguns, o rendimento distribui-se por poucos, a pobreza torna-se uma realidade desesperante, os impostos asfixiam, a insolvência alastra-se pelas empresas, a saúde fica mais distante, a justiça vai-se fazendo, e o país vai regredindo.
Sejamos sinceros, a culpa do actual estado em que se encontra o país é de todos os governantes que temos tido nos últimos anos. Todos, em maior ou menor medida, não conseguiram fazer Portugal dar o salto, como comprova a obsessão pelas contas públicas e pelo controlo do défice que assombra o nosso país há tempo de mais.
O diagnóstico está feito. Já vimos que a actual maioria não consegue resolver os problemas que enfrentamos e o espírito reformista do nosso Primeiro-Ministro tem-se mostrado infrutífero, daí que a maioria dos portugueses olhe para este acto eleitoral no PSD com alguma expectativa (leia-se esperança).
Neste processo eleitoral, há duas soluções já testadas no passado e uma solução que nunca foi testada.
Manuela Ferreira Leite tem condições para ser líder do PSD. É uma distinta militante, respeitada por todos e que pode conceder credibilidade ao partido e ao país. Fala verdade e as pessoas sentem que podem confiar nela.
Santana Lopes já mostrou ser um tribuno de excelência e é um dos quadros que o PSD não pode rejeitar dada a sua inegável mais-valia no combate político. Espera uma nova oportunidade mas tem atrás de si o peso de um passado que as pessoas não recordam com grande satisfação.
Depois destas 2 soluções, temos a hipótese Passos Coelho que com 43 anos e por nunca ter feito parte de nenhum Governo é rotulado de impreparado e de ser jovem demais para ser líder do partido e chefe de governo. Eu como não considero que o exercício de cargos políticos seja uma condição necessária para ser Chefe de Governo julgo que Passo Coelho beneficia do facto de não ter sido responsável directo pelo actual estado em que encontramos o país.
Mas a diferença está na mensagem. Portugal precisa de encontrar um desígnio nacional que envolva jovens e menos jovens, pobres e ricos, litoral e interior, norte e sul, continente e ilhas, todos nos devemos envolver num designio comum.
Portugal precisa de novos desafios. Precisamos de diminuir o peso do estado na nossa economia, reformar as funções do estado, descentralizar efectivamente muitas das competências da administração central, promover a igualdade de oportunidades e o reconhecimento da meritocracia, combater a exclusão social, desenvolver a coesão territorial, enfim, precisamos de criar muito mais riqueza e redistribui-la a quem mais precisa.
Precisamos de agarrar o futuro e eu acredito que com as ideias propugnadas por Passos Coelho, o futuro pode mesmo ser agora.
Ganhe quem ganhar, o importante é que saia uma mensagem de confiança clara para o país que leve os portugueses a voltarem a acreditar no (por enquanto) maior partido da oposição. Passos Coelho tem tudo para ser o porta-voz dessa nova esperança.

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